A Dança do Ventre Egípcia - Por Halima Saat


A dança do ventre egípcia, também conhecida como "Raqs Sharqi", que significa "dança oriental" em árabe), é uma das formas mais antigas e icônicas de dança do Oriente Médio, com raízes profundas na história e na cultura do Egito. Durante o domínio otomano (1517–1867), surgiram dois grupos famosos de dançarinos: as Ghawazee (ciganas egípcias que se apresentavam nas ruas e casamentos populares usando trajes coloridos e instrumentos como os snujs) e as Awalim (dançarinas, poetisas e musicistas mais refinadas, contratadas para eventos privados nas casas da elite).

Almah (singular de awalim) à esquerda e ghaziyah (singular de ghawazee) à direita.

    Nos anos 1920 a 1950, com a popularização do cinema egípcio (Golden Era Egípcia), a dança do ventre ganhou glamour e se profissionalizou. Figuras icônicas como Samia Gamal, Tahia Carioca e Naima Akef ajudaram a moldar o estilo moderno de raqs sharqi com influências ocidentais como ballet e jazz. Os trajes tornaram-se mais glamorosos, reveladores e estilizados, com lantejoulas, véus e cintos de moedas.

Samia Gamal (bailarina egípcia da Era de Ouro)

    Com a globalização no século XXI, a dança do ventre se espalhou pelo mundo como forma de arte e expressão corporal. No Egito, apesar de certo conservadorismo social crescente, ela ainda é praticada em festivais, casamentos e shows turísticos. Algumas artistas egípcias contemporâneas, como Dina, continuam a manter viva a tradição, ao mesmo tempo em que enfrentam críticas e desafios sociais.

Dina Talaat (bailarina egípcia da atualidade)






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