A Face anciã se revela
Prenuncia
É tempo de emergir
Filha minha
O Rio turvo será contemplado por vezes nessa estadia
Mas não te deixas engolir por suas águas turbulentas e sombrias
Troncos antigos e encrostados serão empecilhos para a tua evolução
Não insiste
Contorna-os
Tens intrínseca sabedoria e intuição
Se souberes nadar com maestria
Encontrarás o portal onde o rio desagua no mar
Imensidão e mistério
Enigmas abissais que o homem jamais decifrará
Ondas
Sereias
Ondinas
Dançam e cantam para quem tem a sensibilidade de decodificar linguagens transcendentais
Sinfonias atemporais
Caronte
Decrépito barqueiro do além será o teu guia
Entrega tuas moedas
Alma perdida
Agradece a travessia
Não olha para trás
Logo verás o sol brilhar no horizonte
O Astro Rei te oferecerá um passe cálido
Ora aquece, ora queima
Obliterando parasitas astrais
Formas pensamento
Obsessores da mente
Quando não se faz presente
Vai
Troca de pele como a sábia serpente
Velha amiga de eras primitivas e primordiais
Rasteja na vastidão do tempo e sussurra: Posso fechar tuas feridas com o meu veneno que, também é antídoto.
Te ensinarei os meus encantamentos
Tens o livre arbítrio para curar ou amaldiçoar
Faz bom uso dos meus segredos e me evoca sempre que precisar
Sou feiticeira na arte de transmutar
Acompanharei teus movimentos
Camuflada no meu templo
Sibilando
Sinuosa e em silêncio
Onipresente
Nas profundezas e abismos
Vigiarei aquele inimigo que insiste em te castrar
Esteja atenta ao predador que vive em tua psique
Não aceita o seu atraente convite
Não se inebria com a falsa beleza da sua barba azul a irradiar
Por Kali Swara.
Das vísceras. Das entranhas. Do submundo de dentro.
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